Conheça os impactos das mudanças climáticas na saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), sete milhões de pessoas morrem todos os anos vítimas da exposição à poluição do ar.

De acordo com a OMS, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas serão parcialmente responsáveis por mais de 250 mil mortes, relacionadas principalmente a várias patologias, de desnutrição a malária, passando por diarreia e até o stress ligado ao calor. “Nós precisamos ter acesso a água potável, alimentos e um teto para se proteger. E cada vez que isso é colocado em risco em caso de secas, inundações e ciclones, nosso organismo é afetado”, explica Maria Neira, diretora do departamento Saúde e Meio Ambiente da OMS. “O aumento das temperaturas também favorece os vetores de transmissão de doenças como malária ou dengue.”

Outro aspecto lembrado pelos especialistas é que a concentração de pólen também aumenta em caso de calor extremo, além da presença de  aero-alérgenos, as partículas encontradas no ar no interior das casas, como o ácaro. Esses fatores, que provocam sintomas alérgicos, podem desencadear crises de asma, uma doença que atinge cerca de 300 milhões de pessoas.

A OMS tenta sensibilizar os políticos e os negociadores presentes na Conferência do Clima sobre as ações possíveis para reduzir os gases que provocam o efeito estufa e, ao mesmo tempo, obter resultados positivos para a saúde. Essas soluções vão desde o uso de energias limpas até uma reflexão sobre os meios de transportes menos poluentes.

Mas como trata-se de uma problemática que afeta a vida de todos, algumas ações individuais podem contribuir para diminuir o impacto das questões climáticas na saúde. “Um bom exemplo é privilegiar os modos de locomoção que não contribuem para a emissão de gases que provocam o efeito estufa, como a bicicleta”, ressalta Agnès Lefranc, diretora do departamento de Saúde e Meio Ambiente no Instituto Francês de Vigilância Sanitária (INVS, na sigla en francês). “Pedalar evita a emissão de poluição atmosférica, que tem efeitos a curto e longo prazos. De imediato, esse meio de transporte faz menos barulho, expondo menos os moradores aos ruídos do tráfego, mas também mantém uma atividade física, o que é um excelente meio de prevenção de doenças cardiovasculares. Já a longo prazo, ou seja, daqui a algumas dezenas de anos, a bicicleta gera menos gases que provocam o efeito estufa, limitando as mudanças climáticas.”

E a situação é mais do que urgente. A diretora da OMS lembram que daqui 20 anos, cerca de 70% da população mundial será urbana, vivendo principalmente em grandes cidades, que nem sempre foram preparadas para acolher tanta gente.

Fonte: Rfi.br – 10/12/2015

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